Vinicius Becker ( Diário )
A semana começa mais pesada para o bolso do usuário do transporte coletivo de Santa Maria. Desde este domingo (6), está em vigor a nova tarifa: R$ 6,50 em dinheiro, independentemente do dia. Até sábado, a passagem custava R$ 5. No caso dos domingos e feriados, o valor era diferenciado: R$ 4, o que não será mais praticado com o novo valor.
Na tarde de domingo, a reportagem percorreu bairros da cidade e trechos da região central da cidade para acompanhar o movimento nas paradas de ônibus. O que se viu foram pontos esvaziados, inclusive em locais mais movimentados.
Novos valores das tarifas

Para quem utiliza o cartão-cidadão ou o vale-transporte, a tarifa subiu R$ 0,90 e agora custa R$ 5,90. Estudantes pagam R$ 3,25 e, na integração, o valor cai para R$ 1,62. Já a tarifa de integração entre dois ônibus, utilizada em um curto intervalo de tempo, custa R$ 3,82.
Segundo a Associação dos Transportadores Urbanos de Passageiros (ATU), usuários que recarregaram seus cartões antes da mudança ainda utilizam os créditos antigos até 4 de agosto.
Licitação à vista
Com a nova tarifa, muitos passageiros relataram indignação com os valores em comparação à distância percorrida. No anúncio do aumento, o prefeito de Santa Maria, Rodrigo Decimo (PSDB), chegou a comparar os novos valores com os de outras cidades gaúchas. Ainda assim, passageiros apontam que o tempo de deslocamento dentro dos coletivos, na cidade, é inferior aos de outros municípios.
Como uma possível solução para os problemas do sistema, a expectativa recai sobre a licitação do transporte coletivo, que deve ser lançada até 22 de julho. O edital prevê uma frota de 192 ônibus – entre micro-ônibus, veículos básicos e padron (ônibus médio), sendo 54 deles com ar-condicionado. Também está prevista uma exigência de idade máxima de oito anos para os veículos.
No entanto, se as mesmas empresas que atuam hoje vencerem novamente, os 192 ônibus previstos não necessariamente serão veículos zero quilômetro. Isso porque, dentro do prazo previsto, a frota atual ainda pode ser aproveitada, restando apenas a aquisição de modelos de menor porte ou com refrigeração. Atualmente, a idade média da frota é de nove anos.